Quando o assunto é analisar os grandes volumes de dados a tempo de gerar informações que possam ser acionados em beneficio ao negócio, diferentes problemas de confiança são levantados pelo mundo corporativo. Com Big Data, o maior desafio é fazer as pessoas acreditarem – e confiarem – nesta solução. E não se trata apenas de confiar nos dados em si. Mas do que pode ser feito com o Big Data.
Mas confiança não é algo que aconteça da noite para o dia. Pode ser um longo processo, como mostrou a IDC Brazil BI & Big Data Conference 2013, realizada nesta terça-feira, 27.8, em São Paulo. Três profissionais de TI responsáveis por casos de sucesso relacionados a BI, Analytics e Big Data premiados durante o evento, recomendam como lidar com a evolução das soluções de BI e Analytics para preparar o terreno para a adoção do Big Data e superar os obstáculos e o ceticismo iniciais.
1 - Busque o apoio da diretoria
A adoção das tecnologias que facilitarão a geração e a integração de dados é um dos grandes desafios das empresas que buscam adotar o Big Data como diferencial de negócio. "A adesão foi maior depois que o presidente da empresa passou a perseguir as métricas que são usadas no BI. Se a gente soubesse disso a mais tempo talvez a gente tivesse encurtado etapas e acelerado a adoção na empresa como um todo", diz Paulo Henrique Costa, gerente de Business Intelligence da Buscapé Company, que investiu em uma plataforma inteligente para integrar as informações armazenadas pelas 18 empresas do grupo.
"A primeira barreira que tivemos que superar foi a de que cada um tem o seu dado, a sua planilha, a sua informação", explica. Isso foi fundamental, segundo Costa, para estabelecer a veracidade dos dados em benefício do negócio e do consumidor, através da criação de novos produtos.
"Quando há o envolvimento da alta gestão, tudo flui mais rápido", concorda Samuel Carvalho, gerente de Pesquisa e Consultoria da IDC Brasil.
2 - Não espere para ter a solução perfeita
Um dos principais desafios de qualquer empresa que pretenda investir em Big Data é, sem dúvida, a quantidade de bases de dados e sistemas que precisam ser reunidos para trabalhar. Mas outro, muito importante, é o surgimento de novos indicadores que precisam ser levados em consideração nos relatórios analíticos da solução. "A questão é que esse desafio não para. A qualquer momento um novo indicador vai ter que ser agregado à solução", afirma Alexandre Venelli Costa, gerente de TI da Universidade Metodista de São Paulo.
Portanto, trabalhe com os indicadores que você já tem hoje e, aos poucos, vá agregando novos indicadores. "Se a gente tivesse esperado para ter todos os indicadores de uma vez a gente estaria parado e não teria feito o projeto", comenta Alexandre.
"Fazer antes é sempre melhor do que esperar. Se você não tem a condição de comprar o melhor appliance, o melhor servidor, com os dados que você já tem certamente já dá para fazer alguma coisa, começar e depois ir evoluindo, aos poucos", diz Samuel Carvalho, da IDC Brasil.
3 - Adapte sempre as expectativas
As expectativas de quem demanda e as da equipe de TI são diferentes, mas precisam convergir para um objetivo comum. "Temos que acreditar que em culturas organizacionais diferentes também é possível utilizar informações para melhorar a prestação de serviços", afirma Gláucia Macedo, subsecretária responsável pelo Núcleo de Avaliação, Análise e Informação do Escritório de Prioridades Estratégicas do governo de Minas Gerais.
O motivo de gerar informações a partir do Big Data é o de que essa informação seja usada pelas pessoas.
"Quando a gente está falando de Big Data e de Analytics a gente está abrindo a cortina. Está mostrando problemas onde não existiam, expondo feridas, mostrando a verdade. Então é sempre importante durante os projetos entender as diferenças culturais, os diferentes objetivos no uso da informação e seus impactos", explica Samuel. O importante, no fim do dia, é o resultado para o negócio.
Fonte: http://computerworld.uol.com.br
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